Recessão marca o fim do ciclo de consumo da gestão do PT
Uma das principais marcas da administração petista, a expansão do consumo das famílias sofreu neste ano sua interrupção mais explícita. No primeiro trimestre, as compras caíram 1,5% e ficaram 0,9% abaixo do patamar de um ano atrás, foi a primeira queda nessa base de comparação desde 2003, primeiro ano do governo Lula. O crescimento iniciado na década passada foi impulsionado por ascensão social, programas de transferência de renda e ampliação do crédito; a queda de agora resulta de inflação, desemprego e juros mais elevados. Se o consumo não é mais o motor da economia, o investimento –as obras de infraestrutura e as compras de equipamentos destinados a ampliar a capacidade produtiva– está longe de poder assumir esse papel. Na ausência de motores econômicos, as expectativas pessimistas não se limitam a este ano: governo e analistas de mercado concordam que haverá queda do PIB neste ano e uma recuperação modesta em 2016