Divisão do Pará é uma nova grilagem de terra

A divisão do Estado é anseio que atende apenas aos interesses de pequena parte dos imigrantes que nos últimos 40 anos chegaram ao Estado, estimulados com a colonização em torno da BR 316 (Belém-Brasília) e a BR 230 (Transamazônica).
A maioria destes, como todo imigrante, chegou aqui trazendo na mala seus valores culturais, sua força de trabalho e conhecimento intelectual. Receberam incentivos fiscais e financiamento estatal (Sudam, Banco do Brasil, Basa e Banpará), labutaram muito, construíram riquezas e hoje se integraram à sociedade local enriquecendo a nossa cultura.
Uma pequena parte, no entanto, veio com visão deturpada para essa região, buscando enriquecer a qualquer custo, subtrair o máximo das riquezas, no mais curto período de tempo, destruindo a floresta, grilando a terra, expulsando o homem do campo para a periferia das grandes cidades, tornando-se latifundiários improdutivos, madeireiros vorazes.
São esses que, não cansados de desfrutar das riquezas do povo deste Estado, sem nenhum escrúpulo, estão transferindo sua prática privada para via institucional e querem agora, grilar politicamente as terras do próprio estado que os recebeu generosamente, usando, para esse fim, o engodo e promovendo o desentendimento e o ressentimento no seio do povo paraense.

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