MEMÓRIA – Chamem a PATAM!
Nesta onda de violência que Belém vive, em meio a assaltos e sequestros, comumente ouve-se dos mais antigos a seguinte frase: "Na época da PATAM isso não aconteria!" ,ou então, "Ah, se fosse na época da PATAM!".
Para os que não conheceram, ou não recordam, o PATAM - Patrulhamento Tático Metropolitano - foi um grupo da PMPA criado no início dos anos 70, nos moldes da ROTA de São Paulo ( Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), funcionando dentro do 6º Batalhão da Polícia Militar.
Em pouco tempo, tornou-se temida pela dureza de suas atitudes. O PATAM, ao longo de muitos anos, representou o enfrentamento duro à criminalidade, por isso, era uma tropa temida pelos marginais e respeitada pela sociedade paraense. Porém, sob acusações de formação de grupos de extermínio, bandidos foram implacavelmente perseguidos e executados nos ramais e áreas de invasão que envolviam a Região Metropolitana de Belém.
Isso motivou sua extinção, em 1992, pelo então Governador Jader Barbalho, por conta da pressão exercida por grupos de defesa aos direitos humanos.
Não resta dúvida de que este sentimento de nostalgia deve-se à indignação do cidadão belenense de ter que conviver diariamente com o medo e a insegurança que rondam cada esquina da cidade. É visível que os criminosos tornam-se cada vez mais audaciosos e os papéis se invertem, pois hoje quem vive atrás de grades e vigiado por câmeras é o cidadão de bem, acuado dentro da sua própria residência.
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