Teori contrariou... Teori!
O ministro Teori Zavascki, ao conceder, ontem, liminar a uma reclamação da AGU para que o juiz Sergio Moro envie todo o processo que diz respeito a Lula ao Supremo e colocar sob sigilo todas as gravações que dizem respeito à presidente Dilma, agiu com o fígado. Ou como o árbitro de futebol que paralisa a partida sem realmente ter ocorrido falta.
A verdade é que o ministro estava irritado com Sergio Moro. Considerou uma exorbitância a divulgação dos grampos envolvendo a presidente e acha que o juiz deveria ter enviado tudo ao Supremo, que então se encarregaria de devolver para a primeira instância quem não tivesse foro especial.
O ministro já descartou antes a tese da conexão e continência, quando enviou os processos envolvendo a mulher e a filha de Eduardo Cunha para a Justiça comum.
Ora, se uma pessoa com foro especial confere foro especial às demais, isso deveria ter valido, então, para a família de Cunha. Mas não valeu. No caso do petrolão, os ministros decidiram fazer o contrário do que foi feito no mensalão: fica no Supremo quem tem foro especial e vai para a primeira instância quem não tem.
A não ser que o STF queira criar um procedimento que valha só para o Lula, não há outra saída, nessa ação pelo menos, que não devolver a Moro o processo sobre Lula. É o que o Supremo fez em outros casos do petrolão.
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