Pra onde vai o dinheiro apreendido em operações?
O problema maior da recuperação de ativos no Brasil ainda é a demora em se finalizar o próprio processo penal. Não são raros os casos envolvendo crimes de colarinho branco ultrapassando os dez anos de processo e, consequentemente, atingindo a prescrição.
Recentemente, em operações como a Lava Jato, a delação premiada tem auxiliado no ressarcimento de altos valores, pois não necessita esperar o encerramento do processo para que o investigado transfira o montante devido.
Não obstante, nos casos comuns, quando enfim se consegue confiscar ativos envolvidos com ilícitos, esbarramos em outro problema clássico do Brasil: a falta de transparência.
Temos de congratular o crescente sucesso na persecução de crimes de colarinho branco, mas não devemos deixar de exigir que os padrões de transparência sejam observados principalmente pelos órgãos responsáveis pelo combate à corrupção e à lavagem de dinheiro.
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