Diretor de escola é cargo de confiança... da comunidade!

A nomeação de diretores em escolas públicas no país sempre foi motivo de  disputas intensas, quando o processo é feito a fim de que interesses partidários se sobreponham às necessidades e aos desejos da comunidade escolar que, sem participação efetiva, muitas vezes tem de receber uma pessoa cuja trajetória se desconhece, tampouco os critérios que a conduziram à função.
Exatamente 3.515 cidades brasileiras – das mais de 5.500 existentes – ainda não definiram seus critérios de escolhas, ficando sempre sob a responsabilidade do prefeito – e de seus vereadores de confiança.
Para mudar o quadro, tramitam em câmaras municipais e Assembléias Legislativas (e até no Senado Federal) projetos de lei que buscam tornar claros os processos de nomeação. Criação de processos seletivos mais sofisticados e eleições diretas nas comunidades escolares são as propostas mais freqüentes nas diferentes instâncias.
Apesar da eleição direta para a diretoria das escolas apresentar muitas vantagens, pesam sobre ela também algumas críticas. Uma delas é o risco da partidarização das escolas. Isso ocorre quando os candidatos à eleição, em vez de discutir questões pedagógicas, levam para dentro dos muros da escola suas posições políticas, fazendo desse espaço um campo de batalha ideológico. Por isso, as escolas devem prever em seus estatutos eleitorais que as campanhas das chapas não direcionem a votos pessoais ou partidários, mas às propostas de ação apresentadas. Só não se pode imaginar é que a escola seja um local apolítico.
De certo que para desempenhar todas essas funções com competência, o diretor escolar, seja eleito ou nomeado, deve ser alguém que saiba articular capacidade administrativa, pedagógica, de recursos humanos e política, mantendo um diálogo aberto com professores, funcionários, alunos e pais.

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