PT defende a regulação da mídia

O ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, condenado pelo STF por corrupção ativa no julgamento do mensalão, defendeu a  regulamentação da mídia no Brasil como uma das três prioridades do PT para 2013. Em seu blog, Dirceu elencou a reforma política e a "desconstrução da farsa do mensalão" como outros objetivos do partido no próximo ano."O partido faz muito bem em eleger esta regulação como uma das principais metas a serem conquistadas em 2013, ao lado da reforma política tão imprescindível ao País e da luta para desconstituir a farsa do mensalão", disse o petista. Dirceu comentou a entrevista coletiva concedida pelo presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, a correspondentes de jornais estrangeiros no Brasil. Ele elogiou a iniciativa, alegando saber que a mídia nacional iria ignorar a questão. "À exceção dos momentos em que virá com o noticiário enviesado de sempre, para dizer que regulamentação é censura e ameaça à liberdade de imprensa", afirmou o ex-ministro. Ainda no blog, Dirceu explicou de que maneira o PT vai agir para assegurar a regulamentação: "O partido vai se posicionar, defender, tomar iniciativas, ocupar todas as tribunas que lhe forem possíveis, manter o assunto em evidência e priorizá-lo", explicou.
Para explicar a diferença entre regulamentação da mídia e censura, Dirceu recorreu a uma frase de Falcão. “Não é censura, nada a ver. É ampliar a liberdade de expressão, não restringi-la". Dirceu ainda deixou claro que o objetivo "depende do Congresso, e não do partido".
Mas por que a discussão ressurge exatamente no momento em que a Suprema Corte está julgando o caso do mensalão?
O que tem a ver a cobertura que a imprensa faz do caso com regulação, se a intenção não é direcionar a opinião dos veículos de comunicação de acordo com a vontade do partido que está no poder?
Não se trata, portanto, de regular. Trata-se de enfrentar.
E enfrentar quem tem opiniões contrárias é controlar.
E controlar é censurar.
Vale lembrar que, logo depois de assumir o cargo, a presidenta Dilma disse que o único controle de imprensa admissível era o controle remoto.

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