Extrafarma causa prejuízo de R$ 266,5 milhões ao Grupo Ultrapar
A perda na última linha do balanço não era esperada pelos analistas, que projetavam lucro de R$ 325,2 milhões, considerando-se as estimativas de Goldman Sachs, Bradesco BBI, Safra, BTG Pactual, Santander e Credit Suisse.
De outubro a dezembro do ano passado, o prejuízo líquido consolidado da companhia foi de R$ 267,7 milhões, frente a ganho de R$ 495,6 milhões um ano antes.
Por outro lado, o lucro bruto ficou em R$ 1,64 bilhão, acima dos R$ 1,56 bilhão apurados no quarto trimestre de 2018. Sem considerar os eventos não recorrentes do trimestre — além da baixa na Extrafarma, houve uma baixa de ativos de R$ 14 milhões na Oxiteno Andina —, o grupo Ultra teria registrado lucro de R$ 141 milhões, com queda de 36%.
A baixa no valor recuperável de ativos na Extrafarma, no valor de R$ 593,3 milhões, derrubou os resultados do grupo. A compra da Extrafarma foi anunciada em outubro de 2013 ao preço de R$ 1 bilhão, pago por meio da emissão de ações da Ultrapar em favor dos vendedores, que receberam o equivalente a 2,9% dos papéis da holding.
Após a compra, a estratégia foi acelerar a expansão da rede de farmácias, que já era a 8ª maior do país em número de lojas e a 9ª em faturamento. Apesar dos gastos de implantação, o plano não foi bem sucedido e, nos últimos trimestres, a Extrafarma iniciou um processo de fechamento das lojas de baixo desempenho.
No quarto trimestre, a rede teve resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) negativo de R$ 603 milhões considerando-se a baixa contábil. Sem o “impairment”, o Ebitda ficou negativo em R$ 36 milhões, contra R$ 15 milhões negativos um ano antes.
A Extrafarma encerrou o ano passado com um total de 416 lojas, resultante de 29 aberturas e 46 fechamentos, uma redução de 4% na base.
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