Chinatown ao tucupi
Esta ocupação remonta há uma década. Os imóveis são armazéns, estacionamentos, prédios e salas comerciais nas imediações das ruas Manoel Barata, 13 de Maio, Frutuoso Guimarães, 15 de Novembro, Santo Antônio e 28 de Setembro, alugados e, muitas das vezes, comprados por "empresários" chineses. De forma explícita, o comércio informal se apresenta como principal receptor destes produtos, que, segundo a Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público, têm a rota do Suriname como principal via de entrada no continente, passando pela costa do Amapá e seguindo por uma malha fluvial capilarizada, tendo o município de Abaetetuba como principal entreposto distribuidor.
Em novembro passado, dois chineses, que não tiveram as identidades reveladas pela Polícia Civil, foram presos após aportarem com 35 toneladas de carregamento contrabandeado em um barco no porto da comunidade de Bacuriteua, localizada entre Ajuruteua e Bragança. Todo o material, que continha celulares, perfumes, acessórios, roupas e outros objetos, foi apreendido. O destino: Belém.
Segundo estudo recente da consultoria Euromonitor, o comércio ilegal é a segunda maior economia do mundo.
Falsificações, contrabando e venda ilegal respondem por 8% a 15% do PIB global, o equivalente ao PIB da China (mais de US$ 12 trilhões). Entram aí desde a venda de medicamentos vencidos até a falsificação de marcas famosas ou de bebida alcoólica.
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