Ao contrário das demais capitais, renda do belenense cresceu, mas ainda está longe das 10 melhores
A informação foi levantada pelo Blog do Zé Dudu, que explorou os dados da mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), segundo a qual, embora o trabalhador belenense esteja faturando um pouco mais, a capital do Pará não está nem de longe entre as dez melhores para ganhar dinheiro no país. Se serve de consolo, também não está entre as dez piores.
O rendimento de todas as atividades desempenhadas por um trabalhador de Belém passou de R$ 2.527 nos primeiros três meses de 2019 para R$ 2.638 nos primeiros três de 2020. No meio desse caminho, os três últimos meses do ano passado, os ganhos do belenense chegaram a R$ 2.659. Entre as 27 capitais brasileiras, essa renda está apenas na 17ª colocação. As melhores capitais do Brasil para ganhar dinheiro hoje chegam a pagar quase 70% mais que a metrópole paraense.
É o caso de Vitória (ES), que ostenta as mais atrativas oportunidades. Lá, o trabalhador chega a ganhar mensalmente R$ 4.440. Em Porto Alegre (RS), com R$ 4.173, e em São Paulo (SP), com R$ 4.165, os ganhos também são expressivos e já superam os da capital federal, Brasília (DF), onde a remuneração média do trabalhador está em R$ 3.969.
No extremo oposto, as capitais nordestinas e nortistas ocupam as piores posições. Maceió (AL) oferece a mais baixa remuneração média, R$ 1.937, seguida de não muito longe por Teresina (PI), com R$ 1.999, e São Luís (MA), com R$ 2.020. Na sequência, aparecem Rio Branco (AC), com R$ 2.098, Manaus (AM), com R$ 2.185, e Macapá (AP), com R$ 2.229.
Esse panorama revela, reflete e é refletido pelas diferenças socioeconômicas regionais já consagradas no país, com o Centro-Sul dominando as oportunidades mais promissoras enquanto as regiões Nordeste e Amazônia amargam os piores indicadores de desenvolvimento, o que impacta claramente na geração de emprego e renda. Além de serem as que pagam menos, as capitais nordestinas e nortistas são antros de trabalhadores da iniciativa privada sem vínculo formal e, portanto, sem garantias trabalhistas, o que avoluma as estatísticas de informalidade.
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