EUA enviam 2 milhões de doses de Hidroxicloroquina ao Brasil


O governo do Estados Unidos anunciou neste domingo, 31, que enviará ao Brasil dois milhões de doses de hidroxicloroquina (HCQ) para ajudar no tratamento de pacientes brasileiros infectados com o novo coronavírus. Os americanos também vão mandar ao país mil respiradores. O acordo, no entanto, vai de encontro com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e médicos, que não recomendam o uso do medicamento ao combate ao Covid-19.

De acordo com o boletim do Ministério da Saúde neste domingo, já são 514.849 casos confirmados no Brasil, um aumento de 16.409 nas últimas 24 horas. O total de mortos pela doença é de 29.314, 480 a mais de ontem para hoje.

O envio ocorre dias após a Agência Reuters de Nova York publicar que Hospitais estadunidenses informaram ter recuado sobre o uso da hidroxicloroquina, depois de vários estudos sugerirem que o medicamento não é eficaz e pode representar um risco significativo.

As esperanças iniciais a respeito do medicamento foram baseadas em parte em experimentos de laboratório e suas propriedades anti-inflamatórias e antivirais. Mas até agora sua eficácia não foi comprovada em testes em humanos.

Vários hospitais que há dois meses disseram à Reuters que usavam hidroxicloroquina frequentemente para pacientes com covid-19 recuaram.

Os pedidos do medicamento caíram para um décimo do pico do final de março, para cerca de 125 mil comprimidos na semana passada, disse a Vizient Inc, compradora de medicamentos para cerca de metade dos hospitais dos EUA.

A redução significativa no uso é um sinal de que os médicos dos EUA não acreditam mais que o potencial benefício da droga supera os riscos. Nesta semana, alguns governos europeus proibiram o uso de hidroxicloroquina em pacientes com covid-19.

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