Disparada do preço: vai faltar carne para o churrasco
Nos supermercados de Belém, o crescimento das exportações já provoca desabastecimento O consumidor que tem o hábito de fazer churrasco aos fins de semana ou que não abre mão do bife no dia a dia já reparou: o preço da carne está nas alturas. E a previsão não é boa: até o fim do ano, é difícil que a proteína animal fique mais barata. Entre os motivos, há fatores relativos ao mercado externo e ao interno. A questão mais importante é o aumento de exportações para a China, que foi atingida no final de 2018 pela peste africana — doença hemorrágica altamente contagiosa provocada por um vírus que só atinge porcos. Para suprir o consumo dos chineses, só este ano, o país já importou do Brasil 318.918 toneladas de carne bovina, 184.393 toneladas de carne suína, 448.833 toneladas de carne de frango, em transações que totalizaram mais de U$ 3 bilhões, segundo estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (Agrostat). Atualmente, há 100 estabelecimentos processadores de proteína animal