MEMÓRIA – A companhia aérea que deu origem ao bairro da Condor
Com a declaração de guerra do Brasil ao Eixo na Segunda Guerra Mundial, assim como inúmeras outras instituições alemãs, italianas e japonesas, seu nome foi obrigatoriamente modificado. A Condor Syndikat abrasileirou-se, passando a se chamar Cruzeiro do Sul (que, posteriormente, daria origem a Varig).
Seu terminal de passageiros e mercadorias, que servia para pouso e decolagem de hidroaviões, ficava às margens do rio Guamá, em local hoje conhecido como Praça Princesa Isabel.
Não era nada mais que uma simples ponte de madeira, em meio a um terreno alagado, onde também havia um barracão coberto de palha, segundo relatos dos moradores mais antigos.
Bem próximo, também existia um bar, em um espaço arrendado pela Prefeitura ao Sr. João de Barros, onde era muito comum as pessoas se dirigirem para ver os aviões pousarem e decolarem. Ele o batizou de "Bar-Restaurante Condor".
Após a mudança do local de pouso dos hidroaviões, no final da década de 30, para o galpão da Pan Air, no Boulevard Marechal Hermes, na Baía de Guajará, próximo de onde, hoje, se localiza a Estação das Docas, o proprietário do Bar promoveu uma grande ampliação na sua estrutura e, anos mais tarde, o Bar Condor virou o conhecido Palácio dos Bares.
Ficou daquele tempo a herança da pronúncia alemã, "CÔndor", que até hoje é ouvida em relação ao bairro. Diferente da pronúncia em português "CondÔr", que diz respeito ao pássaro.
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