MEMÓRIA – A Fábrica de Cerveja Paraense

A Fábrica de Cerveja Paraense (que não possui relação alguma com a CERPA, Cervejaria Paraense S. A.), uma das maiories indústrias paraenses durante a primeira metade do século XX, ocupava o cenário da então principal via de expansão e integração de Belém: a Avenida da Independência, hoje Magalhães Barata.

O Complexo, que era composto pelo Cinema Popular, Bar Pilsen, Fábrica de Cerveja, como todo o maquinário e matérias-primas importados da Alemanha, e o Bar Theatro Paraense, onde a elite da época se reunia, localizava-se "defronte" a Estação de Bondes elétricos (hoje Delegacia Geral/Celpa) e se estendia por uma área de 40.000m², ocupando quase todo o quarteirão entre as Travessas 14 de março e Alcindo Cacela (antiga 22 de junho), com fundos alcançando a  Av. Gentil Bitencourt (antiga Estrada da Constituição), onde havia um pequeno igarapé que cortava a propriedade.

A Companhia funcionou entre 1905 e o final dos anos 30, quando entrou em declínio, após greves de funcionários e, principalmente, a morte de um de seus diretores, o Ex-Senador e Ex-intendente de Belém Antônio Faciola, que, através de seu prestígio político, conseguiu que a Companhia usufruísse por anos de total isenção dos tributos estaduais, sendo posteriormente executada e desapropriada pelo estado. No início da década de 40, foi vendida para a Cervejaria Brahma.

Após muitos anos desocupada, em 1962, o Engenheiro e Arquiteto Dr. Alcyr Meira comprou a área, engessada por questões legais, e a dividiu em lotes, construindo os edifícios Banna e Rainha Elizabeth e o Conjunto Residencial Jardim Independência.


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