Pará rumo aos 10 mais ricos
Hoje, somos a 12ª maior economia do Brasil ao contribuir com 2,2% do PIB nacional e com quase metade do PIB da Região Norte, 43,5%. Com esses resultados, a economia paraense se distingue como o maior mercado consumidor e a maior economia da Amazônia e do Norte, rumando à passos largos para a lista das 10 principais economias do País.
Com um subsolo mais rico em minérios, além do melhor minério de ferro que há na crosta terrestre, o Estado do Pará vive hoje a antecipação de um desfecho que já era previsto pela Mineradora Vale, mas que foi, tragicamente, abreviado pelas tragédias de Mariana e Brumadinho: o fim da hegemonia de Minas Gerais como o maior Estado minerador do Brasil.
No Pará, que já exporta, além do ferro, manganês, bauxita, caulim, níquel, cobre, ouro, alumina e alumínio, a pesquisa geológica ainda tem muito espaço para avançar e a tecnologia avança exponencialmente, em aperfeiçoamento para que se abrevie, cada vez mais, o tempo entre a extração do minério, e o seu embarque, no porto da ilha de São Luís do Maranhão, a 870 KM de distância, pelo maior trem de carga do mundo.
No agronegócio, que agrega cerca de 10% do PIB, o Pará possui sete municípios entre os mais poderosos da agropecuária no país, que juntos geram R$ 3,68 bilhões, segundo o IBGE. Isso deve-se, de acordo com o levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), encomendado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a mior rentabilidade do estado, e de seus vizinhos amazônicos, em relação aos demais, como São Paulo. Girando em torno de 9% a 14% frente aos 3% a 5% a produção paulista. Explicada pelo regime de chuvas da região, ou seja, não há necessidade de complementação alimentar para o gado: com pastagem abundante, o pecuarista daqui coloca mais animais por hectare e consegue maior produtividade. Tornando, também, nossa atividade mais sustentável – São Félix do Xingu, por exemplo, que detém o maior rebanho bovino do país, deixou de ser campeão de desmatamento ao aumentar a produtividade da pecuária local.
Quanto a soja, a
commodity agrícola mais exportada do Pará, juntamente com os minérios de ferro, cobre e alumínio, mais a carne de boi e o boi vivo, ela está no topo da cesta de produtos paraenses apreciados pelos gringos. Em termos de valor, a soja é, hoje, o terceiro principal produto do campo, com faturamento anual de R$ 1,57 bilhão. Só perde para o reinado do açaí (R$ 5,44 bilhões) e da mandioca (R$ 1,85 bilhão). De cada R$ 100 produzidos no campo pelo Pará, R$ 12 saem da soja, cujo movimento já é o triplo da pimenta-do-reino (R$ 516 milhões), especiaria em que o estado é expert.
No setor de serviços, o que mais gera empregos aqui, onde, por décadas, estivemos isolados por uma redoma comercial, vivemos uma guerra. As gigantes do varejo, se digladiam e disputam, palmo a palmo, o consumidor paraense. Magazine Luíza e Americanas, encontraram aqui terreno fértil para um projeto agressivo de expansão e interiorização no estado, incluso, em ambas, a implementação de Centros de Distribuição na Região metropolitana de Belém, visando o "boom" do e-commerce que se arma no Brasil.
A receita para, enfim, entrarmos no grupo dos 10+ da economia brasileira inclui um grande fomento no turismo, um setor que ainda necessita de uma atenção especial, como ocorre entre os estados do Nordeste que figuram nesta lista, como Bahia e Pernambuco
No final de agosto, o Ministério do Turismo anunciou um investimento de R$ 2 milhões para incremento da rota turística das regiões de Belém, Soure e Santarém, no lançamento do programa Investe Turismo. Um investimento irrisório, frente ao orçamento, incial, de R$ 200 milhões disponíveis para o programa fomentar o turismo em todo o país, e frente a toda a potencialidade turística do nosso Estado.
A bola agora se encontra com Governo do estado, a quem cabe executar medidas que busquem fortalecer e aprimorar nossa estrutura turística e dar ao setor protagonismo na geração de empregos e renda.
Aumentar o fluxo aéreo no estado é uma delas: articulações, em conjunto com a bancada Federal, para novas rotas aéreas para o estado, investimentos nos aeródromos oo interior, entre outras, são um impulso que pode transformar o nosso turismo e alçar a economia do estado para a lista dos 10 mais ricos.
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