O ungido de Zenaldo
Há meses, o prefeito Zenaldo Coutinho chamou o presidente da Câmara, Mauro Freitas (PSDC), e os deputados estaduais Cássio Andrade (PSB) e Tiago Araújo (PPS) para andarem pela cidade, quem fosse melhor avaliado pela comunidade, ele lançaria a sua sucessão.
O deputado Thiago Araújo, em entrevista ao Blog do Bacana, alegou não ter pretenções de ser candidato a prefeito de Belém. Diz que "mesmo conhecendo a cidade como poucos seu objetivo é fazer um bom trabalho como deputado". Cássio Andrade tanto andou que cansou e deixou a corrida. Por eliminação, restou o vereador Mauro Freitas, que é o homem de confiança de Zenaldo dentro da Câmara Municipal.
Pouca gente está entendendo a engenharia política de Zenaldo, até porque o PSDB lançou o federal Celso Sabino como seu pré-candidato. Acontece que o partido encontra-se em um racha: o grupo que ainda está próximo a Simão, é diferente do que está orbitando Zenaldo, que não é o mesmo do presidente do partido Nilson Pinto. E o prefeito já deixou claro que, embora seu partido já tenha sinalizado um pré candidato, não abrirá mão de lançar alguém de seu grupo político, mesmo que de outro partido.
Trocando em miúdos, a posição do chefe do executivo municipal não é nada favorável. Seu nome carrega uma alta rejeição, acumulada nos dois mandatos, está isolado politicamente e sofre fortes ataques dos veículos de comunicação da RBA, além de ter perdido consideravelmente o escudo das organizações ORM. Seguindo a mesma linha do ex-governador, anteriormente seu principal avalista político, Zenaldo negou a veracidade das matérias publicadas pelo jornal Diário do Pará e deixou claro que está “tudo bem”, tudo “conforme planejado” por sua gestão.
Após 31 de dezembro, o futuro político de Zenaldo Coutinho é incerto. Deverá ficar por quase um ano e meio sem função pública, isso levando em consideração a possibilidade da sua volta à política, talvez como deputado federal, em 2022, cargo que ocupou por 20 anos ininterruptamente. Para isso, seria necessário deixar alguém de confiança no Palácio Antonio lemos, tarefa difícil. A conferir.
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